Há alguns benefícios em tomar duches e banhos de água fria, no entanto, há também riscos para doentes cardíacos. Fique a conhecê-los.
Considera-se um duche frio aquele em que a temperatura da água está entre os 10 º e os 21 ºC. Estes duches, se mantidos com alguma regularidade (algumas vezes por semana), podem trazer benefícios para a saúde.
Para um duche frio mais suave, pode entrar no duche com uma temperatura mais confortável e diminuí-la à medida que o corpo se vai habituando.
Benefícios de tomar banhos de água fria
Estar debaixo de água fria por, pelo menos, três minutos, pode ter benefícios para a saúde, como:
Pele e cabelos hidratados: O contacto com a água fria faz com que os poros fiquem temporariamente bem fechados, retendo – não só na pele, mas também no cabelo – óleos. Assim, depois de um banho frio a pele poderá estar mais hidratada e o cabelo mais brilhante. Pelo contrário, se a pele apresenta pontos negros e algumas borbulhas, o melhor será um ambiente de água quente.
Melhor imunidade e bem-estar: Há estudos que ligam a prática regular dos banhos frios a um reforço do sistema imunitário, pelo estímulo dos leucócitos. Isto significa que o hábito de tomar um banho frio poderá proteger algumas pessoas de doenças leves, como uma constipação ou uma gripe.
Além disto, há também um estímulo na produção de noradrenalina e betaendorfinas, hormonas responsáveis pela sensação de bem-estar e otimismo. Ao tentar combater o frio, o corpo envia estes impulsos elétricos para se manter em estado de alerta e atenção. Em algumas pessoas, duches frios com regularidade podem ter efeitos antidepressivos.
Melhor circulação: A melhor maneira de manter um sistema circulatório saudável é praticando, pelo menos, meia hora de exercício físico todos os dias, mas um duche frio ajuda a estimular a circulação – e é por esta razão que algumas pessoas sentem o seu efeito benéfico ao acordar, sentindo-se rapidamente ativas, prontas para o dia.
Quando o corpo entra em contacto com a água fria, o organismo “esforça-se mais” para manter a sua temperatura e isto significa que o ritmo cardíaco acelera e se torna mais eficiente – a circulação por todo o corpo é reforçada.
Este efeito pode ainda dar à pele um aspeto mais saudável, eliminando algumas manchas avermelhadas e borbulhas.
Igualmente, algumas pessoas sentem-se revigoradas com um banho de água fria depois de um treino físico – o aumento do oxigénio levado aos músculos é útil no processo de recuperação pós-treino.
Os banhos de gelo também têm benefícios?
Nos últimos anos ficou famosa entre atletas de alta competição a prática de banhos de imersão em gelo depois do treino como forma de melhorar a recuperação dos músculos. Esta prática não tem suficiente investigação científica que a aprove ou reprove e os estudos feitos até ao presente têm algumas limitações, não excluindo completamente os benefícios.
Simultaneamente, conhecem-se riscos num banho com água gelada, sobretudo para doentes cardíacos e pessoas com elevada pressão arterial, já que a temperatura baixa contrai os vasos sanguíneos e lentifica o fluxo sanguíneo. Se o banho for prolongado e a uma temperatura excessivamente baixa, há também o risco de hipotermia.
Assim, há algumas regras para que estes banhos não representem riscos: manter a temperatura entre os 10 º e os 15 ºC, e a duração do banho até 15 minutos. Também será prudente entrar no banho gradualmente – primeiro os pés e as pernas e, à medida que se sente confortável, avançar para o resto do corpo. Tudo isto é mais seguro se não estiver sozinho.
Também há riscos ao tomar um duche de água fria?
A exposição aos duches de água fria coloca o corpo na obrigação de se esforçar mais para manter a temperatura corporal, o metabolismo acelera e gastam-se mais calorias. O coração é colocado também numa situação de stress, pelo que não é aconselhado que pessoas com doenças cardiovasculares tenham uma rotina de duches frios. Podem levar a um batimento cardíaco irregular ou a uma arritmia.
Vale a pena reforçar que a perda de calorias associada a um duche frio não deve ser tida como uma boa forma de emagrecimento. Não há investigação científica que o prove.
Fonte: Cuf
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