Ontem foi o dia da liberdade, em que se celebra o fim dum período autocrático de direita, que governou o país 46 anos, e em que no final desse dia íamos, infelizmente, entrar noutra ditadura de sinal contrário, não fora o 25 de novembro nos trazer a democracia liberal, e acabado a descolonização do Império Português, iniciada no PREC, o conturbado período entre as duas revoluções.
A Federação Russa também teve o equivalente ao 25 de abril com a Perestroika do Presidente Gorbachov, e teve a meio do consulado do Presidente Yeltsin, seu sucessor, um 25 de novembro, que ao contrário do nosso não trouxe a democracia, mas uma autocracia de sinal contrário à dos Comunistas, uma autocracia de direita, e colocou no poder o atual ocupante do Kremlin, o autocrata Putin, que sonhou restaurar o Império Russo, e voltou à guerra para cumprir esse desiderato, desde a Tcetchénia, à Geórgia, à Síria e finalmente, desde 2014, à Ucrânia.
Esperemos que Putin nāo almeje cumprir este desiderato, e que a Ucrânia se consiga libertar e ter direito à auto determinação, à semelhança das ex-possessões do nosso Império.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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