Confesso que quando me dirigia para o Jardim do Cerco ia meio perdido, pois não sabia ao que ia. Um dos argumentos que me convenceu foi tratar-se de um grupo de Mafra, pois de resto, confesso a minha ignorância, não conhecia.
Procurei alguma informação e o amigo Google, deu-me algumas pistas e descobri algumas facetas do seu lider, o Lourenço Henriques que é um multi-facetado. Além de músico é também actor e dono de uma personalidade marcante, crítica e de opiniões vincadas.
No palco, entra numa onda muito calma e entre originais e covers vai conquistando o público. Entre canções vai contando histórias e de uma forma bem humorada vai dando a sua opinião sobre diversos temas da actualidade.
Cada canção dava a sensação que contava um pedaço da sua vida. Momentos bons e maus foram desfilando no palco de mais um Concerto de Verão.
O título que dei a esta peça foi inspirado numa história que contou antes de cantar “Não te apegues a mim”, quem sabe uma partilha da sua intimidade. Noutro momento apresentou “Raio X” onde descreve momentos de depressão e tristeza.
Finalizou o concerto em grande ritmo ao apresentar uma versão de “125 Azul” de Luís Represas que faz parte do álbum “Terra Firme”, um clássico dos Trovante de 1987.
Foi a ideia com que fiquei desta banda, apesar de algum anonimato, pelo menos para ignorantes como eu, sabem o que querem e movem-se em Terra Firme.
Os Contrapé, formados por Miguel Nogueira, pela Maria Campos, pelo Gonçalo Silva e Lourenço Henriques fizeram-me passar um bom serão de domingo e encarar a semana que se inicia com outra disposição por certo.
Fotografias e texto de Carlos Sousa/KPhoto
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