Geral Opinião

Considerações a propósito da revolta dos polícias e militares

Foto: TVC Televisão

É urgente efetuar uma reforma estrutural da grelha salarial da Administração Pública.

Urge efetuar uma reforma salarial de toda a Administração Pública, em que os militares se incluem. Para instituições em que os direitos são cerceados é preciso remunerar mais.

É algo que não tem sido feito duma forma integrada, como deveria ser, mas desgarradamente, e sem uma linha condutora.

Essa é uma reforma necessária a fazer, assim haja vontade política, que é algo que não vejo espelhado em nenhum programa eleitoral, muito embora este seja o problema de base de toda a contestação social que tem agitado o país, onde incluímos os  médicos, os professores, oficiais de justiça,  profissionais de segurança pública, militares entre outros.

Enquanto esta reforma integrada não for feita e se atenderem aos problemas desgarradamente, acontece o que aconteceu com a atribuição do subsídio de risco à Polícia Judiciária, que provocou a revolta em todos os setores em que o risco é inerente à sua profissão, mas que com ele não forem contemplados.

Mesmo no liberalismo puro e duro há funções do Estado que não podem ser efetuadas por parcerias, por contratação de serviços, ou por outra qualquer forma criativa, que são as profissões relacionadas com as funções de soberania nomeadamente os militares, diplomatas e justiça.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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