Quem tem de procurar casa para alugar tem um penoso calvário pela frente. O início do processo começa por consultar na Internet as casas disponíveis, é aqui que começamos a duvidar dos preços que vamos vendo.
Entre o primeiro impacto dos preços praticados e o assumir de que algo de profundamente errado se passa é um ápice.
Não há uma só resposta objectiva para o nível de perfeito descontrolo a que o mercado de arrendamento das Áreas Metropolitanas chegaram, quer seja o efeito de onda especulativa que se espalha desde Lisboa ou Porto para os Concelhos limítrofes, quer seja por pura ganância de quem quer ganhar o máximo no mínimo espaço de tempo.
Com os ordenados médios nacionais é mais que óbvio que os preços dos arrendamentos estão longe de ser acessíveis a muitos cidadãos que assim se vêem privados de um Direito consagrado na nossa Constituição.
Num mercado desregulado o que prevalece é a lei do mais forte e a completa arbitrariedade com que agentes manipulam a seu belo prazer os que já em desespero oferecem o que não têm, ou o que com dificuldade foram poupando.
Estamos perante um dos mais graves problemas sociais dos últimos tempos, uma “bomba relógio” que tem de merecer uma atenção especial, quer das entidades governativas, quer das autarquias.
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