Boris Johnson foi obrigado a sair do governo pelo seu próprio partido que lhe retirou o apoio, algo que não é inédito na política inglesa, porque ao contrário do que acontece em Portugal, os membros do parlamento são eleitos em círculos uninominais, o que os obriga a responder às exigências de quem os elegeu.
Em Portugal, seria praticamente impossível que um governo maioritário caísse pelo voto dos seus deputados, que são obrigados a terem disciplina partidária, ou seja, votando de acordo com a vontade dos líderes partidários, que os escolheram para integrar as listas de deputados, sistema em minha opinião, menos democrático que o britânico.
Ficará na História como alguém que forçou o BREXIT, e que deixa o país em piores circunstâncias econômicas, convencido que a “Commonwealth”, poderia substituir de qualquer forma, as vantagens de pertencer à União Europeia, com quem assinou um contrato de divórcio amigável, que mesmo lhe sendo muito vantajoso, queria denunciá-lo unilateralmente ao não querer cumprir o acordado relativamente às fronteiras com a Irlanda do Norte.
Sonhou em ser um estadista da envergadura de Churchill, que afirmava ser o seu modelo, mas ao contrário deste passa à história como um pequeno perturbador, “trouble maker”, da política nacional e internacional.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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