As JMJ são uma extraordinária operação de marketing da Igreja Católica a nível global, sendo uma forma brilhante, idealizada por João Paulo ll, para de uma forma global e através da juventude, se renovar internamente.
Quando falamos de uma campanha de marketing falamos da regra dos cinco P’s, ou seja, do produto, da promoção, do placement (colocação do produto no local), preço e pessoal.
Claro que com esta campanha de marketing global, o Papa consegue fazer chegar a todo o mundo a mensagem de Cristo, devido às cadeias televisivas e às redes sociais, que a Igreja, embora pareça aparentemente não gostar, conforme referiu ontem o Cardeal Patriarca de Lisboa na sua homília no primeiro dia destas Jornadas, tem que utilizar obrigatoriamente para poder chegar aos jovens e evangelizar.
Os jovens que se vão conhecer vão ficar ligados uns aos outros depois das jornadas, através das redes sociais, sendo esta uma nova forma de construir uma comunidade.
Portugal ganha com estas Jornadas não só o volume de negócios que estes milhares de jovens vão diretamente realizar no nosso território, mas indiretamente uma visibilidade global, ou seja, é algo intangível, pois uma campanha de marketing global, com dezenas de horas nos Órgãos de Comunicação Social e nas redes sociais de todo o mundo, é algo que não tem preço.
Fátima em especial, com estas Jornadas, afirma-se ainda mais como a capital do Turismo Religioso Global.
Como católico que sou, congratulo-me com a visita de Francisco, um Papa que admiro pela sua simplicidade e por ser um Papa corajoso por ter enfrentado de frente o grande problema da pedofilia, que parece estar resolvido, permitindo à Igreja continuar a sua missão evangelizadora, sem esqueletos no armário, e de se renovar internamente.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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