Desde a invasão do Iraque que os EUA e os britânicos não utilizam em combate, numa guerra convencional, meios blindados e mecanizados, pois estes meios não são adequados a todo o tipo de terrenos, nem a todos os tipos de intervenções militares que têm ocorrido um pouco por todo o mundo.
As Forças Armadas Europeias, sofreram profundas restruturações, profundas reformas, todas elas no sentido da profissionalização, e com a consequente diminuição de efetivo, e todas elas se reequiparam com meios mais ligeiros, mais flexíveis e mais apropriadas para operações de paz, de Petersberg, operações que não são no âmbito da defesa coletiva, ou seja, descuraram, congelaram, não mantiveram nem os meios, nem o treino, ficando por esses motivos sem capacidade para efetuar uma defesa coletiva, quer em termos de eficiência, quer de eficácia, ou seja, malgrado essas capacidades constarem nos seus inventários, elas não existiam, como se está a constatar na dificuldade da Europa em fornecer carros de combate à Ucrânia.
Torna-se claro que, sem aquisições de novo material as fábricas que o fabricam fecham, assim como deixa de existir investigação e desenvolvimento para se desenvolverem meios militares mais desenvolvidos tecnologicamente, o que faz com que os Leopard II A6, que adquirimos aos Países Baixos em 2008 em segunda mão, ainda sejam um meio muito atualizado, malgrado estarem inoperacionais por falta de dinheiro para a sua manutenção.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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