Abramovich hoje é, finalmente cidadão português, conseguiu a nacionalidade ao abrigo duma lei, que reconhece a nacionalidade portuguesa, a todos os judeus Sefarditas que, demonstrem que os seus antepassados, foram expulsos de Portugal, aquando da governação do Marquês de Pombal.
À partida parece uma lei justa, mas esse número de pessoas, atualmente, é incalculável, pois o número de descendentes a dessas famílias, ao longo dos séculos é exponencial, podendo hoje chegar facilmente à casa de milhões.
Com uma lei aparentemente justa, abrimos uma caixa de Pandora, quer para Portugal, quer para a União Europeia, pois com o passaporte português, esses novos cidadãos poderão mexer-se livremente por todo o espaço Shenzhen.
Abramovich já possuía propriedades imensas em Portugal, sendo o palácio que construiu na Quinta do Lago, frente ao mar, um dos edifícios maiores e imponentes desse resort turístico de luxo, facto que já lhe permitia ter acesso ao Golden Vis, outro dos mecanismos de legalidade duvidosa, que a par com os offshores e zonas fiscais especiais como a da Madeira, deveriam ser revistos, integradamente a nível europeu, pois não contribuem em nada para um União Fiscal justa, em que os 27 Estados-membros, competem entre si no limiar da legalidade, numa União Europeia em que existe uma moeda única.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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