Portugal, pela boca da Ministra da Saúde Marta Temido, anunciou que ia comprar cerca 38 milhões de vacinas contra a Covid-19.
Como a população Portuguesa é de, sensivelmente, 10 milhões de habitantes, as vacinas compradas no âmbito do programa de aquisições da União Europeia, servirão para ajudar outros estados “amigos” na luta contra o vírus.
A vacina passará assim a ser, mais um instrumento útil de Soft Power da União Europeia, passando esta a fazer parte de um cardápio geoestratégico, importante na consecução dos interesses estratégicos da UE.
Em minha opinião, a UE poderá servir-se destas vacinas para atuar na zona da sua política de vizinhança, quer no leste do continente europeu, quer nos países do mediterrânio.
Penso que seria importante e fundamental que Portugal pudesse assumir, também, em conjunto com a CPLP, uma parte significativa de aquisições da vacinas suplementares, para auxiliar os países africanos de língua portuguesa, com mais dificuldade na aquisição das mesmas, assim houvesse disponibilidade financeira e vontade política.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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