Tentando escapar ao metralhar das televisões portuguesas, tenho-me refugiado nas plataformas de filmes e séries que hoje, felizmente, abundam em Portugal.
Uma das séries que tenho visto é sobre a vida de Maria Madalena, uma das personagens do Novo Testamento mais controversas e que mais curiosidade têm despertado ao longo dos tempos e, que tem por esse facto, sido protagonista de vários romances, inclusive alguns “best-sellers”, de que destaco um dos últimos, o “Código da Vinci”.
Madalena é apresentada, nesta série, não como uma mulher da vida, como habitualmente a apresentam, mas como uma mulher culta, independente, que por essa razão fugiu do marido, que a seviciava e agredia fisicamente, algo comum na sociedade hebraica do tempo, em que o marido era dono absoluto da mulher e, que por esse facto dele tinha fugido, tornando-a à luz da época uma mulher menos séria.
Interessante esta visão que me fez colocar em perspetiva tudo o que até à data tinha sido escrito ao longo dos séculos, inclusive pela própria igreja.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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