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A Oeste Nada de Novo: Um retrato atual dos horrores da guerra

A Oeste Nada de Novo, o filme que se encontra na Netflix, e que está proposto para os Óscares do próximo ano como melhor filme estrangeiro, é um filme que se deve ver obrigatoriamente este ano, em que a guerra voltou a eclodir na Europa, pois retrata o horror da mesma e da precária vida nas trincheiras, em que viviam e vivem os soldados na mesma, para no caso em apreço, cumprirem os objetivos políticos alemães de marchar sobre Paris para a conquista.

Os jovens alemães, à época, voluntariavam-se para a guerra, na sequência da propaganda do regime do Kaiser, exercida em todos os setores da sociedade, enaltecendo valores nacionalistas, que levavam a que estes se alistassem, para os defender e assim conquistar a glória de receber uma Cruz de Guerra.

A Alemanha, na Grande Guerra, foi muito influenciada pela teoria do espaço vital, teoria geopolítica e geoestratégica, definida pela necessidade de conquistar o espaço à sua volta, designado pelo seu espaço vital, tal como definida por Ratzel.

Putin, ao invadir a Ucrânia, também queria marchar sobre a cidade/capital de Kiev para a conquistar e assim voltar a ter uma zona  tampão, que desse profundidade à sua defesa, pois para a língua russa, Ucrânia, etimologicamente, significa fronteira da Rússia.

A Rússia, a potência continental detentora do coração do mundo, de acordo com a teoria geoestratégica que a informa, necessita de deter o território ucraniano, para se defender da potência marítima, ou seja, do EUA, tal como definido na teoria geopolítica definida por MacKinder.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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