Geral Opinião

A Inteligência Artificial está a ser usada no Planeamento Operacional da Guerra da Ucrânia

Há vários anos que na NATO se faz Planeamento Operacional, utilizando sistemas de computação que utilizam parâmetros que lhes introduzimos, como cartas topográficas digitalizadas, posição exata das forças do inimigo, a manobra e as modalidades de ação desta, fórmulas e tabelas que são constantemente atualizadas como o número de mortos e feridos resultantes do combate, que estes determinam automaticamente quais as forças que devemos ter à partida para que uma determinada manobra tenha sucesso, ou seja, a máquina faz toda a análise para que num ataque, defesa ou ação retrógrada, possamos ter os meios necessários em todas as componentes, aérea, naval e terrestre, para se vencer todas elas devendo ser passíveis de análise posterior dos militares, dada a sua experiência.

O Planeamento Operacional parametrizado que existe há pelo menos três décadas na NATO, tem evoluído, e a Inteligência Artificial começou experimentalmente a substitui-la, ou seja, os sistemas computacionais têm capacidades de pensar sozinhos, sem necessidade de lhe serem introduzidos quaisquer parâmetros, dos citados, que ela apresenta todo o planeamento feito inclusive de qual a melhor manobra.

Com a Inteligência Artificial, a máquina substitui completamente o homem, algo que permite que o planeamento deixe de ser sujeito a interferências e erros humanos, algo que em minha opinião pode ser perigoso, mas que já é uma realidade.

Uma coisa é certa, à partida sabe-se com muito poucos erros, quer no planeamento parametrizado quer com recurso à Inteligência Operacional, o número de mortos e feridos de ambos os lados, algo que na atual guerra entre povos eslavos não parece importar, porque historicamente nunca importou.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma