Há vários anos que na NATO se faz Planeamento Operacional, utilizando sistemas de computação que utilizam parâmetros que lhes introduzimos, como cartas topográficas digitalizadas, posição exata das forças do inimigo, a manobra e as modalidades de ação desta, fórmulas e tabelas que são constantemente atualizadas como o número de mortos e feridos resultantes do combate, que estes determinam automaticamente quais as forças que devemos ter à partida para que uma determinada manobra tenha sucesso, ou seja, a máquina faz toda a análise para que num ataque, defesa ou ação retrógrada, possamos ter os meios necessários em todas as componentes, aérea, naval e terrestre, para se vencer todas elas devendo ser passíveis de análise posterior dos militares, dada a sua experiência.
O Planeamento Operacional parametrizado que existe há pelo menos três décadas na NATO, tem evoluído, e a Inteligência Artificial começou experimentalmente a substitui-la, ou seja, os sistemas computacionais têm capacidades de pensar sozinhos, sem necessidade de lhe serem introduzidos quaisquer parâmetros, dos citados, que ela apresenta todo o planeamento feito inclusive de qual a melhor manobra.
Com a Inteligência Artificial, a máquina substitui completamente o homem, algo que permite que o planeamento deixe de ser sujeito a interferências e erros humanos, algo que em minha opinião pode ser perigoso, mas que já é uma realidade.
Uma coisa é certa, à partida sabe-se com muito poucos erros, quer no planeamento parametrizado quer com recurso à Inteligência Operacional, o número de mortos e feridos de ambos os lados, algo que na atual guerra entre povos eslavos não parece importar, porque historicamente nunca importou.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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