Geral Opinião

A imerecida atribuição do Óscar ao melhor filme do ano

O filme que ganhou o Óscar do melhor filme do corrente ano “O ritmo do coração” produzido pela Apple Vídeo, surpreendeu-me muito pela negativa, aliás como me surpreendeu muito a agressão de Will Smith, ao apresentador da cerimónia de entrega dos Óscares deste ano.

Infelizmente, a entrega dos Óscares não espelha, quase nunca, a qualidade dos filmes produzidos nos EUA, sobretudo em Hollywood, nem no mundo cada vez mais global, dado que só existe um Óscar para o melhor filme estrangeiro. Mas são o reflexo  de: realidades políticas, muitas vezes subordinadas ao politicamente correto; pressões financeiras exercidas sobre a academia; bem como algum duvidoso gosto do júri escolhido pela academia de filmes de Hollywood, para atribuir estes galardões, que são muito importantes para as posteriores campanhas de marketing, que os produtores dos mesmos irão fazer, para vender os respetivos filmes.

Na tentativa de espelhar o politicamente correto, o filme escolhido como o melhor filme do ano, é uma cópia, quase perfeita, do filme francês “A Família Bélier“, que narra a dificuldade duma família de surdos/mudos se integrar num mundo de falantes, que os não compreende e os ostraciza.

A história de amor de dois adolescentes, bem como de amor filial e fraternal, da família de surdos/mudos, para com a filha e irmã, que não sofre dessa deficiência e que quer viver o seu sonho como cantora, é uma história bem contada, bonita, politicamente correta, sendo o filme de leitura fácil e educativo, não fora o facto, que não é despiciendo, de ser uma cópia dum filme contemporâneo francês, em minha opinião, mais bem realizado e conseguido, facto que lhe tira todo o mérito que poderia ter..

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

Acerca do autor

Nuno Pereira da Silva

Coronel de Infantaria na Reserva

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