E o Sudão meu Deus…
O Sudão país riquíssimo, ex-colónia do Império Britânico, que está em guerra há anos, apesar de já ter sido dividido em dois, tudo aparentemente por causa de diferenças étnico-religiosas, entre um norte, vizinho do Egipto muçulmano e um sul mais africano com religião animista africana, diferenças que escondem o verdadeiro problema, que está como sempre baseado na luta pelos recursos naturais existentes no seu subsolo.
A riqueza do Sudão é conhecida dá séculos, havendo nele testemunhos da sua riqueza passada, como as maiores pirâmides do mundo, superiores em dimensão às do Egipto, aonde existia uma rainha famosa, ainda hoje recordada recorrentemente na língua portuguesa, a rainha do Sabá, na expressão coloquial “pareces a rainha do Sabá”, que se utiliza quando alguém ostenta e aparente ser muito rica.
Mesmo sem o minério existente no subsolo, o território é a fonte do Nilo, com água abundante, que se bem aproveitada, poderia fazer do território um dos celeiros de África, à imagem do que foi na antiguidade, algo paradoxal num país, ora dividido em dois, mas que nem desta forma almejou alcançar a paz, que está e continua numa guerra insana, sem quartel, guerra essa de que ninguém no Ocidente, estranhamente conhece nem fala, embora como todas as outras seja uma consequência do estertor do Império Britânico e da forma comestes geriram o seu império, fomentando inimizades entre etnias, para melhor o governarem, e nas divisões estranhas dos seus territórios quando os abandonaram.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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