Geral Opinião

A GNR é uma força de segurança militar

Foto: GNR

A GNR é uma força de segurança,  militar por estatuto, o que quer dizer que os seus militares estão constitucionalmente cortados de alguns direitos, algo que as outras polícias civis, como a PSP e as outras nāo estão.

Os militares juram defender a Pátria com o sacrifício da própria vida, algo que os distingue, de todos os outros cidadãos , pois a vida é o valor máximo que podemos doar pelos outros. Este preâmbulo sobre a condição militar, pretende realçar que sendo a GNR una força militar, não pode recusar-se a cumprir a sua função, de zelar pela segurança da população, mesmo que a missão exija grandes sacrifícios pessoais. É por esta razão impensável,  que esta força militar, possa colocar em causa a autoridade do Estado e da democracia, de quem dependem e pelas quais juraram defender. Claro que cabe aos chefes e comandantes o dever da tutela e é a eles, e só a eles, que cabe interceder junto do poder político, no sentido de  reivindicar melhores condições de vida para os seus homens.

Agora que a GNR já não é comandada por um oficial do exército, o novo Comandante também formado na academia Militar, como todos os oficiais do exército,  nāo pode abdicar dos princípios e valores comuns a todos os militares, e também nāo pode esquecer, que o dever da tutela faz parte intrínseca das suas funções, mas que apesar disso, nāo pode admitir indisciplina, nem atos que rocem a insubordinação coletiva, muito embora no seu íntimo possa concordar com as razões dos seus militares.

Cada vez é mais difícil comandar e liderar homens, e por ser difícil só os melhores de nós o exercem nos cargos cimeiros, pois liderar e comandar é uma arte, em que é necessário conseguir motivar constantemente os subordinados, sem perder o farol, ou seja sem deixar de cumprir a missão, doa a quem doer.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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