Opinião

A gestão errática da pandemia

Voltámos ao confinamento na área metropolitana de Lisboa, mais especificamente, não podemos dela sair, para o resto do país, a partir da tarde de hoje.

Ninguém tem capacidade de planear a sua vida com estes imprevistos, estas decisões extemporâneas governamentais, que sabendo que a situação se estava a alastrar na região de Lisboa, há algum tempo, podiam e deviam avisar quais as medidas que iam tomar, com alguma antecedência, para que os cidadãos pudessem preparar-se com tempo.

Mesmo num caso de previsível bombardeamento aéreo, há um aviso prévio às populações, por forma a que elas se preparem, para se protegerem.

É certo que todos temos acesso à desajustada matriz de risco, cujo governo por teimosia não quer mudar, pois prefere insistir num erro, que lhe introduzir novas variáveis, mais adequadas à situação que se vive atualmente, com os grupos de risco vacinados e com número de internados e mortes por Covid muito baixos.

Não faz sentido que o Presidente da República, não concorde com a matriz de risco do governo, e pelo que se tem conhecimento, já terá adotado outra diferente, mais consentânea com a realidade.

A gestão da pandemia continua a ser, constantemente errática, desajustada e incongruente, enfim…

Nuno Pereira da Silva

Coronel de Infantaria na Reserva