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A falha na segurança da informação e ciberdefesa dos EUA e do Pentágono

Foto: Getty Images

Na crónica que escrevi sobre os documentos classificados dos EUA a circular na net, no seu final referi haver a possibilidade de estes terem sido fruto dum ataque cibernético, perpetrado pela Federação Russa, algo que me parecia improvável, mas que era uma possibilidade.

De acordo com as últimas notícias divulgadas pelo Pentágono, este informou ter havido uma fuga de informação que está a ser investigada, pelo que a Federação Russa está de parabéns por ter conseguido lançar um ciberataque com sucesso em vários departamentos e agências dos EUA, algo que é muito grave porque mais uma vez os russos, conseguiram penetrar em sistemas informáticos que deviam ser quase invioláveis, pois no passado já tinham conseguido interferir nos resultados das eleições americanas a favor de Donald Trump, o político conservador mais favorável a Putin e mais próximo da sua ideologia.

Parece que as autoridades americanas não aprenderam e que mesmo com tantas medidas de segurança de informação e de capacidades de ciberdefesa , não conseguiram ter sucesso a deter o ataque e ciberataque russo, ou seja, embora os EUA tenham redes próprias seguras, redes não ligadas a internet normal, criptadas automaticamente e protegidas com poderosos “firewalls”, estes não foram eficazes, devendo ter havido alguma falha num dos três pilares da segurança e cibersegurança: ou no pessoal, através de espionagem; ou nos procedimentos de segurança a ter com a documentação classificada, quer antes desta entrar nos sistemas informáticos, ainda em papel, quer depois de introduzidos nos sistemas informáticos; ou no próprio sistema informático de algo que está protegido por poderosos “firewalls” inclusive geridos e alterados por algoritmos de Inteligência Artificial.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

Acerca do autor

Nuno Pereira da Silva

Coronel de Infantaria na Reserva

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