No dia de hoje foi noticiado que a Coreia do Norte lançou mais um míssil, com capacidade para transportar uma ogiva nuclear, que caiu perto da Costa da Coreia do Sul.
A Coreia do Norte é um país comunista, fechado ao exterior, paupérrimo, e muito pouco desenvolvido, que aparentemente tem conseguido desenvolver o seu projeto de se armar com armas nucleares, apesar das sanções que tem sofrido por parte da maior parte da Comunidade Internacional.
Kim Yon Sun, na consecução deste objetivo, tem obrigatoriamente de ter aliados, com capacidades científicas e tecnológicas atuais, pois em minha opinião, seria impossível que o conseguisse sozinho.
Os seus mais prováveis aliados são a Rússia, a China e o outro país designado em conjunto com a Coreia do Norte por George Bush filho, como os países do eixo do mal, ou seja, o Irão, muito embora publicamente não assumam e inclusive algumas vezes hipocritamente o condenem.
A Rússia, e muito em especial a China, têm interesses em desafiar os EUA e seus aliados, na região da Ásia-Pacífico, a região mais populosa e industrializada do mundo, por onde circula a maior parte do comércio global, embora por razões distintas, a Rússia para afastar os EUA da sua zona de influência na Europa e a China porque quer desafiar a atual potência dominante, os EUA.
Enquanto o foco da atenção dos EUA estiver voltado para a Coreia do Norte e seu líder, que a China julga controlar, obriga os EUA e seus aliados na região, a dispersar capacidades e meios militares, para as imediações da Coreia do Sul, permitindo à China continuar a ocupar algumas Ilhas do Mar da China, que há vários anos disputam a sua soberania com o Japão, bem como de se preparar para integrar Taiwan.
Mesmo sem integrar Taiwan, a China quer através da anexação dalgumas das referidas ilhas, quer através da construção de ilhas artificiais no Mar da China, controlar atualmente todas as mais importantes rotas do comércio mundial, bem como se vai apropriando dos recursos naturais piscícolas e minerais do respetivo Mar, em redor das ilhas, pretendendo mesmo alargar oficialmente a sua ZEE, com a autorização da ONU.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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