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A adesão imediata do que restar da Ucrânia à NATO e à UE, poderá ser a moeda de troca por parte do seu território

Foto: Ponto Final

As forças ucranianas progrediram, embora pouco, no eixo de Bakhmut, pois é o local onde os russos estiveram no ataque até conquistarem a cidade, altura em que se iniciou a contraofensiva, não tendo havido tempo de prepararem o terreno à espera, nesse local sim, de uma contraofensiva.

No resto da frente, os ucranianos estão a sul a conseguir estabelecer testas de ponte na margem leste do Dnipro, facto que poderá ser importante se tentarem por aí fazer o esforço da sua ofensiva.

No norte, os russos continuam ao ataque tentando conquistar Kupiansk, avançando no terreno muito pouco.

Há novidades no entanto na NATO, pois o Chefe de Gabinete do Secretário-geral numa reportagem a um jornal nórdico, afirmou que há conversações no sentido da Ucrânia trocar território com a Rússia, por uma entrada direta na NATO, ou seja, a entrada na NATO ,ou seja, a Rússia permite que a NATO se acerque mais das suas fronteiras, se tiver ganhos territoriais.

Para os EUA é uma vitória, pois no final do conflito podia afirmar que a NATO tinha aumentado significativamente a sua área de influência com este conflito, pois já conseguiu que a Suécia e a Finlândia nela entrassem assim como e parte da Ucrânia, bem como pelo caminho mataram por mais algum tempo, a veleidade da UE deixar de ser um protetorado americano, desde o fim da II Guerra mundial, tendo de qualquer das formas conseguido diminuir o poder militar da Rússia.

À Rússia também poderia cantar vitória por ter aumentado a sua zona tampão de segurança com a conquista de algum território.

Os ucranianos seriam os grandes perdedores desta guerra, algo que já teria acontecido sem a ajuda dos EUA, política, militar e financeira.

A UE teria como missão integrar a Ucrânia imediatamente e arcar com todos os custos que essa adesão arrecadaria, sendo que no entanto, em termos de poder interno na UE absorver uma Ucrânia com menos população e território que a França e a Alemanha, dado que o número de votos é sempre proporcional a esses dois fatores.

Real politic.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

Acerca do autor

Nuno Pereira da Silva

Coronel de Infantaria na Reserva

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