Quando a Diplomacia falha começa a guerra, que é uma continuação da política, por outros meios.
A guerra não tem por finalidade destruir o inimigo, mas alcançar uma vantagem, para se negociar, voltar à diplomacia, com uma vantagem nítida.
Estas frases simples, sintetizam de uma forma simples o pensamento de Clausewitz, expresso no seu livro da guerra de leitura obrigatória, nestes tempos conturbados, e de guerra quase global em que vivemos.
Quando se começa qualquer tipo de negociações, em que nenhum dos contentores soçobrou, como é o caso da Ucrânia, nestes tempos que Trump quer impor que sejam iniciadas logo após a sua tomada de posse, os dois contendores começam-na com
duas posições de partida e expetativas elevadas, para se ir cedendo, e conseguir arranjar uma solução de compromisso.
Trump ao querer impor uma paz à Ucrânia, já que não pode impô-la a Rússia, e ao afirmar publicamente, que não continuará o apoio incondicional à Ucrânia, esta à partida a enfraquecer a posição inicial de Zelensky, que já tem vindo a afirmar, antes do tiro de partida, que o território Ucraniano afinal é negociável
Os EUA de Trump levam a Ucrânia, e à primeira vista o Ocidente, para a opinião pública, a perder a guerra, no entanto na prática se a Ucrânia não tivesse tido o apoio indireto Ocidental, a Rússia já teria conquistado todo o seu território, o que quer dizer que mesmo que a Ucrânia se divida, o Ocidente alarga na prática as fronteiras, uns milhares de quilómetros quadrados, para lá da fronteira da Polónia.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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