Desde o eclodir desta crise causada pelo vírus Corona Sars-2, que existem pelo menos três teorias sobre a sua génese, a primeira é a mais divulgada, e refere que este surgiu normalmente, num mercado de animais vivos em Whuam, a segunda que, foi fabricado artificialmente num laboratório Chinês, localizado perto de Whuam, e que a sua disseminação terá sido, por erro humano, efetuada no referido mercado de animais, e a terceira que refere que, terão sido os soldados dos EUA que na sequência dum Campeonato militar, internacional, ocorrido na região, o dissiminaram.
Qual foi a verdadeira génese do vírus da Covid-19, penso que ninguém nunca o saberá ao certo, muito embora a narrativa atual, liderada pelos USA, se afirme mais favorável à segunda ou seja que a China o terá criado artificialmente em laboratório, para estudar os efeitos dos vírus da família dos Corona.
O Presidente Trump, ultimamente, quer nas conferências de imprensa, quer no tweet, tem insistido muito na narrativa de que o vírus tenha realmente sido fabricado em laboratório pela China, deixando em aberto a possibilidade de este ter, ou não sido liberado por erro humano.
Está última teoria tem sido na última semana respaldada por um prémio Nobel francês, que afirma não ser verosímel que o vírus tenha surgido por causas naturais, e mais recentemente a Chanceler Merkel, afirmou também crer que esta última teoria, em sua opinião, lhe parecia a mais provável, pelo que a reboque da Trump, exigia saber a verdade.
Esta nova tendência sobre a génese do vírus, surge na sequência da nova narrativa estratégica, de que a China autocrática, tenha tido mais capacidades de lidar com esta crise, e que inclusive teria, utilizando o seu Soft power, conquistado o coração dos europeus, pelo envio de material de emergência essencial para minimizar os efeitos do virús, surgindo assim como a potência global.
Na estratégia de equilíbrio de poderes, tão em voga no Século XIX, dizia-se que quando existiam duas ou mais potências, a tentar disputar o poder, se deveria tentar ser a única, e nesta luta pela disputa do lugar de potência dominante, vale tudo, não interessando se as narrativas são ou não verídicas.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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