Embora não sendo especialista em guerra nuclear, bacteriológica e química, NBQ, dado esta especialidade pertencer à arma de Engenharia, como todos os militares tivemos de a estudar.
A guerra biológica é fácil e barata de se fazer, no entanto tem uma grande desvantagem de ao utilizá-la esta se poder voltar contra quem a utilizou, sendo impossível prever o número de baixas que pode provocar em ambos os lados da contenda
A primeira Guerra em que me lembro ter sido utilizada a guerra bacteriológica, foi na guerra contra os Índios, em que os Americanos distribuíram ao povo Índio cobertores infectados com o vírus da Varíola. Como a Varíola era um vírus novo os Índios não tinham anti-corpos para lhe resistir e o resultado dessa ação militar, provocou uma grande mortandade na população Índia, mas residual entre os colonos americanos, que possuíam anti-corpos para lhe resistir.
As grandes e médias potências militares mundiais continuam a armazenar e desenvolver novos vírus em laboratórios, muito embora o seu uso numa guerra seja proibido por Convenções Internacionais, que como sabemos, valem o que valem em caso de conflito.
Este vírus parece ter sido criado e saído involuntariamente dum laboratório Chinês na província onde foi detetado o ponto Zero desta pandemia.
Por ser um vírus novo não há anti-corpos na população mundial para lhe resistir, daí a sua perigosidade e imprevisibilidade em termos de mortalidade.
Há notícias de que o responsável militar Chinês pela guerra NBQ, tenha estado no laboratório Chinês na província onde foi detetado o ponto zero da pandemia, para descobrir a enorme falha de segurança que ocorreu, tendo já havido graves consequências para os seus responsáveis.
A hipótese de terem sido os EUA a disseminar este vírus na China e no Irão, países que por distintas razões são rivais ou inimigas dos Americanos, teoria da conspiração já invocada pelo responsável da guarda pretoriana do regime Iraniano, parece-me muito improvável, muito embora possível, uma vez que para lançar um vírus deste género, basta lançá-lo numa zona fechada com um aerosol num local onde ocorra muita gente, num mercado por exemplo, não havendo necessidade de nenhum vetor militar específico para o lançar, dado que o vírus se disseminará livremente pelo mundo, em virtude da globalização, pois grande parte da população mundial atualmente viaja, pelo mundo, constituído-se, ainda que involuntariamente, como o melhor vetor para a sua disseminação.
As autoridades portuguesas e europeias, mais uma vez falharam redondamente na prevenção desta pandemia, parecendo correr atrás do prejuízo, não tomando as medidas corretas para o conter.
O Exército Português possui algumas capacidades no domínio da descontaminação, hospitais fixos e móveis, laboratórios e pessoal especializado, que pode e deve ser utilizado nestes casos de emergência nacional.
Mais uma vez estamos reagindo e não prevenindo.
Valha-nos a nossa Senhora de Fátima, para quem é crente.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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