Fique a saber o que são, as causas, os sintomas, o diagnostico e o tratamento para estes problemas de sáude.
O que é a adenoidite?
Os adenoides são pequenas massas de tecido linfoide, que se encontram junto das amígdalas e que fazem parte do Anel Linfático de Waldeyer. Este anel está localizado no limite entre as cavidades nasais, bucais e a garganta e constitui a primeira linha de defesa imunológica do sistema aero-digestivocontra a invasão de agentes estranhos. Os adenóides começam a aumentar o seu volume naturalmente entre 3 e 5 anos, com pico de crescimento entre 5 a 11 anos, sendo que depois começa a declinar com o crescimento da criança, atrofiando completamente na idade adulta.
A adenoidite ocorre quando há inflamação aguda ou crónica dos adenoides (também conhecidos como tonsilas faríngeas).
Causas da adenoidite
A causa mais conhecida da adenoidite é a inflamação através de infeções virais (rinovírus, adenovírus, mixovírus e enterovírus e, nas crianças mais jovens, por vírus sincicial respiratório) ou bacterianas, sendo os agentes mais frequentes o Haemophilusinfluenzae, Streptococcuspneumoniae, Streptococcuspyogenes, Staphylococcusaureus e Moraxellacatarrhalis).
Os principais sintomas são…
O principal sintoma é a obstrução nasal, que faz com que o criança respire somente pela boca, tenha uma respiração ruidosa com roncos, pausas na respiração e tosse durante o sono. Além disso pode apresentar voz nasalada, dificuldades na audição, episódios frequentes de faringite, sinusite e otite. Outro achado são alterações dentárias, como o desalinhamento da arcada dentária e alterações do crescimento dos ossos da face. Além disso, a redução de oxigenação durante o sono pode provocar alterações no desenvolvimento da criança, o que pode causar situações como dificuldade de concentração, irritabilidade, hiperatividade, sonolência durante o dia, diminuição do rendimento escolar e alterações do crescimento.
Diagnostico
Geralmente, para poder ver a parte de trás do nariz e da garganta, os médicos inserem um tubo flexível através do nariz que permite sua visualização (chamado de nasofaringoscópio). Para confirmar o diagnóstico pode ainda se realizado um exame de imagem como o raio-x de faringe.
Tratamento
O tratamento passa por aplicação de corticoides intranasais e anti-histamínicos orais, sendo por vezes necessário o uso de antibióticos (no cado de infeção bacteriana). Nos casos complicados (quando há obstrução nasal significativa ou persistente, otites recorrentes, alterações da linguagem, etc) deverá ser ponderado tratamento cirúrgico com adenoidectomia. Esta é uma cirurgia relativamente simples e curta, feita sob anestesia geral.
Fonte: Dr.ª Irina Bentsal – Médica Interna 1º ano de Medicina Geral na USF Andreas
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