Geral Opinião

A guerra na Ucrânia e o princípio da Física da Ação-Reação

Revista Galileu

Segundo as leis da Física cada ação tem sempre como consequência uma reação, este princípio aplica-se a vários domínios de que a política e a estratégia não são exceção.

Com o fim da guerra-fria e o consequente colapso da União Soviética, a fronteira do hoje denominado Ocidente alargado, alargou-se a Leste, tendo a ação estratégica dos EUA nesse sentido, sido efetuada segundo duas linhas de ação estratégicas, utilizando a NATO como ferramenta para garantir a segurança e defesa, dos países que aderissem ao bloco Ocidental e, ou, a UE como garante do seu desenvolvimento económico.

A Ucrânia foi o último dos países de Leste a querer integrar o bloco Ocidental, ao querer aderir à UE tendo, desta vez, havido uma reação da Federação Russa distinta, pois a Rússia de Putin, não quis perder esse território da sua área de influência, que segundo o conceito de defesa russa é um território vital para a sua própria defesa, razão pela qual lançou esta Operação Especial.

Sendo o território da Ucrânia um interesse vital russo, dificilmente Putin cederá um milímetro que seja do território que conquistou, milímetro esse que os ucranianos não querem também ceder, pois qualquer milímetro também é para os ucranianos um interesse vital.

A Coreia do Sul, nesta guerra na Ucrânia em fornecido, a pedido dos EUA vários equipamentos militares para a Ucrânia, como reação,  Putin parece ter assinado um acordo com a Coreia do Norte, pois esta é uma guerra, em que o  aparelho industrial dos dois blocos está a beira do colapso, e o local onde há equipamentos militares em abundância, é nas duas Coreias que estão numa guerra-fria, acumulando material militar há décadas.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

Acerca do autor

Nuno Pereira da Silva

Coronel de Infantaria na Reserva

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