Os militares planeiam para a probabilidade mais provável de uma determinada ação do inimigo, no entanto, não descuram a mais perigosa.
Esta máxima, no planeamento aplica-se a todos os níveis de planeamento, em que podemos substituir o substantivo inimigo por adversário, concorrente ou até condições meteorológicas e outras causas naturais como sismos.
Atualmente a ameaça mais perigosa é, no caso da guerra da Ucrânia, a ameaça do uso do nuclear, embora não seja a mais provável, por isso é necessário listar todos os locais com capacidade de resistir a ataques nucleares, e posteriormente planear como e para onde iremos deslocar o governo e os órgãos de soberania, para que Portugal possa continuar a ser governado e possa continuar a tomar decisões, bem como todos os principais organismos de Comando, Controlo e Comunicações da Proteção Civil, e por último, mas não menos importante, para onde evacuar a população.
Este trabalho de listagem e de planeamento é necessário ser feito e ser treinado, pois desde a crise dos mísseis de Cuba, nunca estivemos tão perto dum confronto nuclear na Europa.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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