A Basílica do Real Edifício de Mafra vai entrar em obras, prevendo-se que esteja encerrada ao culto e ao turismo durante um período de cerca de um ano e meio.
As verbas de cerca de três milhões e meio de euros que vão ser despendidas nestas grandes obras provêm do PRR, vulgo a bazuca europeia.
Em minha opinião, o investimento na conservação do património é sempre bem aplicado, pois este faz parte da nossa identidade, da nossa memória, da nossa história e é o que nos distingue e diferencia dos outros povos, constituindo por isso também um motivo de atração turística ao nosso território, que a UNESCO já reconheceu como património da Humanidade.
Não obstante, o referido fecha completamente a basílica, num ano de jornadas da juventude em Lisboa e em que Mafra pela sua localização, é um concelho de apoio direto ao evento parece-me incompreensível, bem como não vejo grande necessidade desse encerramento total, pois edifícios em piores condições, como os Jerónimos em Belém, em que pedaços do teto estavam a cair, conseguiram-se realizar as obras de conservação, sem fechar o monumento na sua totalidade.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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