Isabel dos Santos foi convidada a vender as suas ações nos bancos que dispunha em Portugal e nas empresas mais importantes, de que destaco o BIC e a EFACEC, as suas joias da coroa, o que faz com que atualmente a sua atividade como empresária não seja um problema para Portugal, malgrado seja um problema para Angola, um verdadeiro imbróglio jurídico associado a um problema de corrupção, factos que obrigaram as autoridades angolanas a emitir-lhe um mandato de captura internacional.
Os problemas e os eventuais crimes perpetrados em Angola por Isabel dos Santos, em nada nos dizem respeito, pois Angola não é Portugal, muito embora esteja profundamente connosco ligada por laços profundos.
Os eventuais investimentos imobiliários de Isabel dos Santos em Portugal, poderão eventualmente, e a pedido do Estado Angolano, serem-lhe apreendidos, mas nunca poderão ser vendidos, pois como afirmou João Cravinho a propósito dos bens apreendidos aos cidadãos russos, como consequência das sanções impostas à Rússia pela invasão da Ucrânia, Portugal é um Estado de Direito que respeita o direito à propriedade.
Dito isto, não consigo perceber a razão do Expresso em continuar a investigar Isabel dos Santos, nem percebo a razão pela qual Isabel dos Santos, concedeu uma entrevista exclusiva a um canal de televisão português, a não ser por uma questão de coscuvilhice.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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