A confiança e a credibilidade
Os Estados, as Instituições, organizações e até as pessoas singulares precisam de ser confiáveis para terem credibilidade.
Depois de Portugal ter passado o Rubicão, o governo atual parece ter conseguido adquirir credibilidade internacional e por esse facto ser confiável, muito embora a situação económica portuguesa não se tenha alterado muito, em termos de dívida pública e privada.
Mário Centeno, o todo poderoso ministro das finanças de Portugal, conseguiu-o e foi por esse motivo eleito o “Mr. Euro”, e em nossa opinião em boa-hora o foi por tal facto significar que Portugal readquiriu a credibilidade e confiança internacional, malgrado os sacrifícios quase inaceitáveis que a população teve de fazer durante um longo período.
A Instituição militar, no ano transato, mercê do malogrado assalto aos paióis de Tancos, perdeu parte da sua credibilidade e vai ter de passar uns tempos no “purgatório”, para voltar a merecer a confiança dos portugueses. Para o conseguir tem efetuado uma campanha muito importante de comunicação ao nível dos media, mostrando o que está a fazer nos vários Teatros Operacionais ,onde está cumprindo missões militares, sob a égide da NATO e da UE.
A banca, por sua vez parece estar a conseguir ganhar mais confiança e credibilidade internacional, devido essencialmente aos mecanismos de intervenção bancária negociados por todos os países no seio da UE, malgrado termos assistido aos maléficos efeitos dos seus créditos mal-parados e das imparidades, que aconteceram na maioria os bancos comerciais nacionais, tendo inclusive o seu banco público, a Caixa Geral de Depósitos, sido um dos mais afetados por gestão danosa, como atestam os resultados da auditoria interna, ora vindos a público.
Com as pessoas singulares o problema da confiança e credibilidade é muito semelhante aos supra citados exemplos, dado que sem elas nada se consegue, pois os créditos ficam suspensos, quer nas nossas relações com a banca, quer nas nossas relações pessoais, sendo necessário um longo percurso e trabalho para se readquirirem.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva.
Adicionar comentário