Enquanto a guerra grassa na Ucrânia, vou analisar o que se passa na Europa e no Mundo.
Relativamente às duas potências económicas asiáticas, a Índia e a China, têm vindo paulatinamente a aumentar as suas importações de gás e de petróleo, que os Estados-membros da UE deixaram de importar, devido às sanções económicas que estão a ser aplicadas à Rússia na sequência da invasão da Ucrânia.
A Rússia tem vendido o gás e o petróleo a esses países a preços extremamente baixos, favorecendo a sua competitividade externa em termos económicos, em relação à Europa, que só não se torna maior, no caso chinês, porque o seu governo fechou várias regiões administrativas que incluem grandes cidades e respetivas indústrias, por causa da política de “Covid Zero” que o governo chinês ainda mantém em vigor.
Em termos político/estratégicos, a Coreia do Norte tem aproveitado o desvio do foco do Ocidente para o conflito ucraniano para realizar testes de reatores de mísseis balísticos, continuando impunemente a sua política de desenvolvimento de armas nucleares, pois o seu Presidente sabe que este armamento é o único que lhe permite garantir a sua sobrevivência e do seu regime.
A China, por sua vez, tem consolidado e aumentado o seu poder no mar da China, ocupando fisicamente várias ilhas e rochedos, alguns que o Japão reclama como seus, que lhe permite controlar todo o tráfico comercial que por elas passam, bem como ameaçar de mais perto a segurança do Japão.
Como podemos verificar o mundo não para, e as potências aproveitam para ganhar poder relativo em relação à UE e aos EUA.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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