Em grandes países e em algumas instituições supranacionais, de que são exemplo os EUA e a UE, existe esta atividade de pressão, de “lobby”, legalizada e regulada junto dos parlamentos, pagos por empresas e por associações, que tentam influenciar os deputados, a legislar sobre algumas matérias a seu favor.
Esta atividade legalizada e regulada, pode paradoxalmente ser muito útil no processo de tomada de decisão, pois é uma forma de auxiliar o trabalho dos deputados, no sentido destes poderem tomar boas e fundamentadas decisões, dado existirem centenas de “lobbies” e “lobbistas”, com informação detalhada sobre os mais diversos assuntos, que expressam vários, senão todos os pontos de vista, sobre os mesmos, que estão, ou vão ser, discutidos e legislados.
Em Portugal esta atividade, embora saibamos que exista, não existe formalmente, não é legalizada nem regulada, sendo efetuada duma forma pouco transparente, passível de fomentar a corrupção, favorecendo a título de exemplo, a existência de plataformas giratórias, de políticos, que transitam de empresas para o governo e para o parlamento e vice-versa, facto que em minha opinião é, no mínimo, lamentável.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
Adicionar comentário