Para lá do folclore e da espuma das águas da política nacional, existem várias reformas que são urgentes concretizarem-se no país, que tem graves problemas por resolver, mas que o não quer fazer, pois para isso os sucessivos governos necessitavam de deixar de ser autistas e deviam ouvir mais a voz do povo.
Uma dessas reformas é a reforma do sistema eleitoral, aproximando mais os eleitos dos eleitores, que atualmente, após as contagens do votos normalmente desquitam-se de prestar contas a quem os elegeu.
A SEDES, associação com a qual colaboro como um dos relatores do Grupo de Segurança e Defesa, apresentou publicamente a sua visão sobre o assunto, baseada numa visão mista, em que propõe haver círculos uninominais e círculos nacionais, para a eleição dos deputados à Assembleia da República.
A proposta parece-me ser um excelente compromisso político, muito embora a iniciativa, já tenha sido apresentada à Comunicação Social, esta, em minha opinião, não teve até à data, a visibilidade suficiente para a colocar na agenda mediática, dado que é necessário e fundamental, que o assunto fomente uma grande discussão a nível nacional.
O Congresso da SEDES que se realiza este ano, após as eleições autárquicas, vai certamente, ser um palco mais importante para a apresentação desta e doutras reformas essenciais, que espero venha a ter repercussões efetivas, na urgente reforma da nossa Democracia.
Nuno Pereira da Silva
Coronel de Infantaria na Reserva
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