Ana Petronilho no Jornal ECONÓMICO escreve:
“Há vários anos que na UE se formam governos em coligação entre partidos que não venceram nas urnas.
Um Governo formado por um partido que não venceu as eleições, apoiado por acordos parlamentares, é novidade só para a ala mais à direita do Parlamento português.
O histórico europeu mostra que entre os outros 27 Estados-membro da União Europeia, as experiências governativas respeitam pouco figurinos políticos.
Em quatro governos – Dinamarca, Bélgica, Letónia e Luxemburgo – o primeiro-ministro não é do partido que teve mais votos nas eleições. E em quase metade dos países da UE, 12, são governos em coligação entre três ou mais partidos de várias cores políticas. Apenas em três países há governos compostos por apenas um partido.
Na Dinamarca, Lars Rasmussen lidera um Governo minoritário assente em acordos parlamentares com dois partidos, um deles de extrema-direita.
Exactamente o oposto do que se pretende com o Governo de esquerda em Portugal”.
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