Frederico Morais alcançou, este sábado, o 5.º lugar no Ballito Pro, terceira etapa da temporada no circuito Challenger Series da World Surf League, que dá acesso ao circuito mundial de 2023. O surfista português esteve muito perto de carimbar a passagem às meias-finais da prova sul-africana, mas acabou por ser eliminado nos instantes finais dos quartos-de-final.
Kikas, que ainda não tinha passado qualquer ronda após as duas primeiras etapas, ambas realizadas na Austrália, conseguiu um importante resultado em Ballito, que o relança na luta pela requalificação para o World Tour da próxima temporada, depois de ter saído da elite mundial no corte que aconteceu a meio do presente ano.
Frederico foi o único português a conseguir chegar ainda em prova ao dia de hoje e começou a manhã com a qualificação para os quartos-de-final, depois de um duelo dramático. No último heat dos oitavos-de-final, Kikas viu o jovem australiano Mikey McDonagh assumir a dianteira já na reta final da bateria. Mas a 10 segundos do fim, o português tentou apanhar uma última onda, quando acabou derrubado por uma ação do adversário. Um incidente que originou uma interferência a McDonagh e colocou Morais na ronda seguinte.
Apesar das condições marginais do mar, que colocavam imensas dificuldades aos surfistas e que originavam scores abaixo do esperado, a organização decidiu avançar com a competição. Nos quartos-de-final, a fechar a ronda e a jornada, Frederico enfrentou o italiano Leo Fioravanti, antigo colega no Tour e também companheiro de treinos, naquela que foi a bateria mais espetacular do dia, com as rampas a animarem a disputa.
Frederico Morais começou mais forte e foi o primeiro a conseguir uma nota forte. A resposta de Fioravanti surgiu já na segunda metade do heat, só que Frederico recuperou a liderança graças a um aéreo raro de ver no seu arsenal técnico. Um voo com rotação praticamente completa, que lhe rendeu 8,07 pontos. A vencer e com a prioridade, o surfista português viu o italiano aproveitar uma rampa para dar o troco com um aéreo ainda maior, que acabou por ser a melhor nota da bateria e originar nova reviravolta do marcador.
Até final, Kikas já não conseguiu fugir à eliminação, terminando a sua prestação em Ballito com 14,40 pontos, contra 16,50 do adversário. Uma performance que teria chegado a Frederico para vencer qualquer outro dos heats desta fase, mas que não evitou a eliminação. Ainda assim, o surfista português despediu-se de Ballito com um importante e honroso 5.º posto. Algo que vai permitir a Frederico Morais dar um salto grande no ranking.
A prova sul-africana contou com sete portugueses em ação e do lado feminino o maior destaque foi a prestação de Teresa Bonvalot, que chegou aos oitavos-de-final e conseguiu juntar um 9.º posto final ao triunfo que já tinha obtido na etapa de Sydney. Teresa chegou à África do Sul na 3.ª posição do ranking e é praticamente garantido que, embora vá perder esse lugar, se mantenha no top 5, que no final da temporada dá acesso ao World Tour 2023.
No lado feminino Kika Veselko foi 25.ª classificada, após ser eliminada na ronda 2, enquanto Carolina Mendes, Yolanda Hopkins e Mafalda Lopes não conseguiram melhor que o 33.º posto final, uma vez que todas perderam na ronda inaugural. No lado masculino referência ainda para o 17.º posto de Vasco Ribeiro, que vai continuar a ser o melhor português no ranking das Challenger Series, devendo manter-se por perto do top 20 – apenas o top 10 garante a qualificação no final da temporada.
A ação no Challenger Series Tour segue para a Califórnia, onde vai acontecer o US Open of Surfing, de 30 de Julho a 7 de Agosto. A mítica praia de Huntington Beach vai receber a quarta de oito paragens deste circuito, que só termina em dezembro, na onda havaiana de Haleiwa. A etapa californiana é aquela que antecede a chegada do Challenger Series Tour a Portugal, com a Ericeira a receber a luta pela qualificação para a elite do surf mundial de 1 a 7 de Setembro.
Fonte: ANSurfistas Comunicação (Press Release)
Adicionar comentário