Arte & Cultura Geral

Visita guiada “As pinturas de Cyrillo Volkmar Machado no Palácio de Mafra”

No próximo dia 18 de novembro, sábado, pelas 14h30, o Palácio Nacional de Mafra celebra os 200 anos da morte de Cyrillo Volkmar Machado com uma visita guiada por Sofia Braga, doutorada em História de Arte, sobre o percurso e a obra de Cyrillo. 

Gostaria de saber um pouco mais sobre o legado cyrilliano no Palácio de Mafra? Então não vai querer perder esta visita!

Informações e inscrições: geral@pnmafra.dgpc.pt

Preço: 8€

Cyrillo Volkmar Machado chegou à vila de Mafra em maio de 1796, com o intuito de executar uma ambiciosa campanha pictórica dos tectos das salas principais do Palácio de Mafra. Desta forma, nasceu um dos seus mais importantes ciclos de pintura de tectos e paredes, associada ao temário alegórico e mitológico, assumindo este um relevado destaque no seu curriculum artístico.

A contratação de Cyrillo Volkmar Machado inseria-se na “política” de embelezamento do Palácio de Mafra, que ocorreu após a decisão do príncipe-regente D. João em transformar o palácio na sua residência efectiva. Esta contemplaria os aspectos decorativos móveis e a ornamentação fixa dos aposentos de cariz social que se localizavam no 3º andar, entre o torreão norte (aposentos do rei) e o torreão sul (aposentos da rainha). A maioria das salas intervencionadas por Cyrillo espreitam para a fachada principal do palácio, à excepção do Oratório Norte, a Sala de Diana (no tempo de Cyrillo designada como Casa da Tocha) e a Sala das Audiências (ou Sala do Dossel), estas duas últimas orientadas para o claustro norte. Pode-se referir que as pinturas cyrillianas anularam o valor puramente arquitectónico da caixa murária do Palácio de Mafra.

O legado cyrilliano no Palácio de Mafra é um testemunho único da História da Arte em Portugal, que deve ser acarinhado e divulgado às gerações futuras, pois os valores que se vislumbram são, não só, um reflexo das crenças pessoais de Cyrillo, mas também um espaço dialogante das problemáticas que vigoravam no seu tempo.

Fonte: Palácio Nacional de Mafra (Press Release)