Na Venezuela, Maduro volta a ser reeleito Presidente, algo que todo o mundo sabia à partida, pois dificilmente um ditador cai em eleições.
Pessoalmente, só fiquei surpreendido por achar que a fraude eleitoral, desta vez só lhe ter atribuído uma uma ligeira vantagem, embora suficiente, pois em ditaduras semelhantes como a Russa, as vantagens são muito superiores. Será que tiveram vergonha em falsearem as eleições por forma a tornar a maioria mais expressiva?
Penso que, como é costume nas ditaduras, estas só caem ou com golpes de estado, o que implicaria que as Forças Armadas se sublevassem, ou com uma sublevação popular apoiada mais tarde por forças militares, que normalmente dão origem a longas guerras civis, pois as sanções, como se prova em Cuba e na Rússia, dificilmente conseguem provocar o efeito desejado.
A pressão das potências vizinhas, que recebem milhares de migrantes refugiados, também não me parece que possa vir a dar resultado, pois tanto a China como a Rússia vão continuar a apoiar o regime de Maduro, pois os seus interesses estratégicos na Regiāo são semelhantes, ou seja, interessa-lhes ter um aliado no Continente Americano que possa desestabilizar a fronteira sul dos EUA, quer posicionando forças militares, armas nucleares, ou mesmo indiretamente desestabilizar os EUA proporcionando uma corrente migratória contínua.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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