A NATO tem uma organização semelhante, a que apelidou de “Partnership for peace”, à que Macron nas comemorações do dia da Europa no Parlamento Europeu, propôs para a Europa, nomeadamente a criação duma espécie de laços especiais, quiçá uma confederação, com os países candidatos a membros da União, os que já saíram, como o Reino Unido e outros que a ela se quisessem juntar, e que com a UE partilhem alguns interesses estratégicos, ou seja, que com ela queiram cooperar, de uma forma mais estruturada e de caráter mais permanente.
A Ucrânia em relação à NATO, pertencia aos países da PFP, e queria aceder à categoria de membro, e como estamos a observar na atual guerra contra o invasor russo, de nada lhe serviu, porque não sendo um país membro da NATO, o artigo V de defesa coletiva, a ela não se aplica.
Criar uma nova estrutura dentro da UE poderia ser interessante, no entanto, a ideia tem que ser bem estudada, tendo em vista servir algum objetivo estratégico determinado, como por exemplo o da eventual contribuição com Forças Armadas e respetivas capacidades militares, embora espero sinceramente que se esta ideia vier a ser aprovada, que sirva para contribuir para a eficácia da União, algo ao qual sou muito cético.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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