Uma das nossas características como pivô é o facto de nos comportarmos como um doente que sofre de doença bipolar, ou seja, tão depressa somos os melhores do mundo, em qualquer que seja o assunto, como desanimamos e passamos a ser os piores do mundo.
Como dizia Saramago muitas vezes, é preciso sair da ilha para ver a ilha, porque de fora e à distância conseguimos compararmo-nos com outras realidades e fazer uma análise mais fidedigna e objetiva das nossas idiossincrasia como nação.
Quando recebemos um elogio de cortesia ficamos convencidos e imediatamente exultamos como palavras simpáticas, elogios, louvores sobre por exemplo a nossa atuação no âmbito operacional, numa qualquer organização internacional fosse uma verdade apodítica, não conseguindo analisar, e perceber que esses elogios fazem parte duma diplomacia securitária, onde muitas vezes o que conta é o número de bandeiras que estão no terreno independentemente do verdadeiro contributo com que realmente realizámos, e todos sabemos que uma mentira repetida muitas vezes não se transforma infelizmente numa verdade.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
Adicionar comentário