Na madrugada de 24 de Fevereiro de 2022, a Rússia invadia a Ucrânia com a intenção de um conflito rápido que culminaria numa vitória de Vladimir Putin e no derrube do governo de Volodymyr Zelensky. Um ano depois, a guerra não tem fim à vista.
Por volta das 5h30 da manhã na Ucrânia, os ucranianos acordavam com os primeiros bombardeamentos em localizações estratégicas do país. A Rússia dava início à invasão, e ao mesmo tempos que as primeiras bombas caíam em território ucraniano, milhares de militares russos atravessavam as fronteiras em tanques de guerra com artilharia pesada.
O objetivo desta invasão era conseguir a capital Kiev, mas até agora este objetivo não foi cumprido. As cidades e vilas em redor da capital funcionaram como uma forma de tampão à capital do país.
Um ano depois, o povo e as forças ucranianas continuam a contrariar os prognósticos iniciais, resistindo aos russos e até recuperando terreno em regiões como Kharkiv e Kherson, cumprindo as palavras que Zelensky proferiu poucas horas depois do início do conflito: “Quando nos atacarem, verão os nossos rostos. Não as nossas costas, mas os nossos rostos“.
As notícias de milhares de civis mortos, torturados e violados, continuam a provocar indignação em todo o mundo e a ONU estima que tenham morrido, até agora, oito mil civis e os danos infraestruturais já serão superiores a 50 mil milhões de euros.
Até agora, a guerra causou também a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Assinala-se um ano de guerra
A data será marcada por diversos eventos e discursos à escala nacional e internacional, incluindo na própria Ucrânia, onde está prevista uma conferência de imprensa do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
De Londres a Berlim, passando também por Tallin, Bruxelas ou Nova Iorque, a data será assinalada com cerimónias oficiais, manifestações, observação de minutos de silêncio, conferências e iluminação de edifícios com as cores da bandeira ucraniana (azul e amarelo).
Em Portugal, a par de um debate parlamentar sobre a situação na Ucrânia e a observação de um minuto de silêncio na Assembleia da República, entre outras iniciativas, a data será assinalada em 11 cidades por concentrações convocadas por associações de ucranianos.
Edifícios emblemáticos também irão estar iluminados com as cores da bandeira ucraniana. Um deles é a Torre Eiffel, em Paris, assim como os edifícios do Conselho da União Europeia e da Comissão.
Ucrânia lança nota para assinalar um ano de invasão
O Banco Central da Ucrânia emitiu uma nota que assinala um ano da invasão russa ao país.
A nota, que vale cerca de 50 cêntimos, é uma homenagem às forças armadas e à resistência dos ucranianos. De um lado, três soldados a erguer a bandeira da Ucrânia. Do outro, duas mãos atadas numa alusão aos crimes de guerra.
Foram emitidas cerca de 300.000 unidades.
Fonte: Público e Observador
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