A utilização do protetor solar tem suscitado algumas dúvidas na comunidade científica. Afinal, o seu uso regular é ou não recomendado? Descubra aqui a resposta.
Nas últimas décadas, o cancro de pele tem conhecido um aumento significativo do número de casos. Pelo seu potencial efeito preventivo desta doença, os protetores solares têm sido objeto de uso cada vez mais comum. No entanto, tem-se questionado se o seu uso, pelo facto de sabermos que evita a queimadura solar, não levará a que o tempo total de exposição solar aumente, com risco acrescido de cancro de pele. Por outro lado, têm também surgido dúvidas sobre o potencial efeito negativo do uso de protetor solar no que toca a possibilidade de reduzir os níveis de vitamina D para valores patológicos.
Protetor solar sem dúvidas
Para esclarecer estes assuntos, a Food and Drug Administration (FDA), organismo regulador do medicamento nos EUA, emitiu um parecer e regras específicas. Concluiu-se que o uso de protetor solar, associado a outras medidas de proteção solar, reduz o risco de cancro de pele e o envelhecimento da pele exposta à luz.
Em estudo comparativo verificou-se que o grupo de indivíduos que aplicou protetor solar diariamente teve metade do número de casos de melanoma que o grupo que usou protetor solar de modo ocasional.
Componentes perigosos?
No que diz respeito à polémica relacionada com alguns componentes do protetor, nomeadamente oxibenzona e retinil palmitato, conclui-se que o risco de não usar protetor solar é muito superior a qualquer potencial risco associado a algum componente.
Proteção solar vs. vitamina D
O problema dos níveis baixos de vitamina D devido ao uso de protetor solar foi completamente desmentido por diversos estudos que envolveram populações de idades variadas e em circunstâncias de vida real, não de cenário de laboratório.
Os diversos estudos realizados demonstraram não haver evidência que suporte a afirmação que o uso diário de protetor solar levaria a redução dos níveis de vitamina D.
Use protetor solar diariamente!
Todos estes dados expostos pela FDA levam à recomendação de uso diário de protetor solar com o objetivo de reduzir o cancro de pele e as manifestações de envelhecimento da pele.
Como escolher um protetor solar
Para cumprir a sua missão, o protetor solar deve reunir um número de requisitos:
- Ser eficaz face à radiação ultravioleta B e A. A capacidade de defesa em relação a cada um destes tipos de radiação deve estar expressa no rótulo.
- O comportamento do protetor no que toca ao contacto com água ou suor, nos casos em que tal seja aplicável, deve ser afirmado como resistência à água e não como sendo “à prova de água”, pois esta expressão não é verdadeira.
- O período de resistência à água deve ser descriminado como 40 ou 80 minutos.
- Relativamente ao fator de proteção solar (FPS), recomenda-se que o fator máximo reclamado seja 50+.
- Para que um protetor solar seja considerado de espetro largo o fator de proteção deve ser 15 ou mais, nesse caso pode estar escrito no rótulo que contribui para a redução do risco de cancro de pele.
Fonte: CUF
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