A Arábia Saudita está a preparar o seu futuro, para fazer face ao novo paradigma energético, baseado na eletricidade, que Paulatinamente tem vindo a substituir a energia fóssil.
Para o efeito, e tomando como modelo o sucesso que o Dubai teve, pretende com ele disputar o lugar de maior praça financeira do atual mundo, atraíndo ao seu país os grandes investidores globais.
Como sabemos da História esse lugar vai mudando, já tendo passado por Lisboa, Amesterdão, Nova York e atualmente algumas cidades do Oriente tendo o Dubai, assumido ultimamente um papel mais relevante.
Para além de querer disputar esse lugar de Praça Financeira Global, pretende atrair o maior número possível de Turistas, pelo que pretende construir 5 novas megacidades, com enormes arranha-céus, e resorts de luxo, assinados pelos melhores arquitetos Internacionais, tendo iniciado já a construção de uma, conhecida como a Linha, por ser construída, numa linha contínua, com 160 quilómetros de comprimento, cuja mobilidade será efetuada unicamente por comboios de alta-velocidade, como se de uma linha de metro normal se tratasse.
Para além da construção das megacidades, a Arábia Saudita pretende, no Mar Vermelho construir também novos megaportos, com grande capacidade, de na sua vizinhança se poderem edificar quer industrias, quer armazéns, para funcionarem como âncora da sua industrialização, e exportação que não poderá continuar a ser baseada no petróleo.
Estas novas megacidades futuristas e portos marítimos, para funcionarem convenientemente, implicam necessariamente que o país disponha de fontes de energia elétrica com grande capacidade de produção, que passarão de acordo com o planeado, pela necessidade de disporem de centrais nucleares e doutras fontes renováveis.
Trump vai à Arábia Saudita, sobretudo em busca de poder aproveitar, este ímpeto de transformação profunda da economia da Arábia Saudita, para fazer negócios, para os EUA e para ele, e parece que vai autorizar e participar também na construção das novas centrais nucleares que o país vai necessitar.
Este sonho de transformação do país, do príncipe herdeiro saudita, tem sido feito à custa da exportação de combustíveis fósseis, e de grande endividamento no mercado internacional, com a venda de ativos futuros do crude, algo que pode tudo comprometer, porque como sabemos os mercados por vezes começam a duvidar da capacidade do país em cumprir os seus compromissos.
Enfim, o príncipe herdeiro, autocrata Waabita, para conseguir cumprir esse sonho necessita do beneplácito do imperador Trump, que para conseguir este negócio, poderá ter de abandonar Netanyahu.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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