Geral Opinião

Trump e a NATO

Foto: San Diego Union-Tribune

Os estados têm interesses que podem ser vitais, importantes, secundários ou outros interesses, e se estes forem comuns, os estados cooperam entre si, ou podem entrar em crise, conflito ou guerra dependendo do grau, maior ou menor, de divergência entre esses mesmos interesses.

Se os EUA deixarem de ter interesses convergentes com a Europa deixará de fazer sentido, para eles, a sua aliança de defesa connosco, ou seja deixa de fazer sentido a existência da própria NATO, ou mesmo caso os interesses deixem de ser vitais ou importantes e passem a ser de outra natureza, os EUA podem ir deixando paulatinamente de querer investir substancialmente na defesa da Europa, e exigir desta uma cada vez maior maior participação na mesma, numa partilha estratégica mais justa de acordo com a mas suas perceções.

A NATO, em última análise, só poderá continuar a ser um interesse importante para os EUA, se mudar o seu foco ,ou seja, se estiver sempre disponível para atuar fora da sua área de atuação, em qualquer lado do globo sem limitações de qualquer espécie de acordo com os interesses dos EUA.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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