Geral Opinião

Trump afirma que vai obrigar a Ucrânia a negociar

Foto: L'Observatoire de L'Europe

Quando a Diplomacia falha começa a guerra, que é uma continuação da política, por outros meios.
A guerra não tem por finalidade destruir o inimigo, mas alcançar uma vantagem, para se negociar, voltar à diplomacia, com uma vantagem nítida.

Estas frases simples, sintetizam de uma forma simples o pensamento de Clausewitz, expresso no seu livro da guerra de leitura obrigatória, nestes tempos conturbados, e de guerra quase global em que vivemos.

Quando se começa qualquer tipo de negociações, em que nenhum dos contentores soçobrou, como é o caso da Ucrânia, nestes tempos que Trump quer impor que sejam iniciadas logo após a sua tomada de posse, os dois contendores começam-na com   
duas posições de partida e expetativas elevadas, para se ir cedendo, e conseguir arranjar uma solução de compromisso.

Trump ao querer impor uma paz à Ucrânia, já que não pode impô-la a Rússia, e ao afirmar publicamente, que não continuará o apoio incondicional à Ucrânia, esta à partida a enfraquecer a posição inicial de Zelensky, que já tem vindo a afirmar, antes do tiro de partida,  que o território Ucraniano  afinal é  negociável

Os EUA de Trump levam a Ucrânia, e à primeira vista o Ocidente, para a opinião pública, a perder a guerra, no entanto na prática se a Ucrânia não tivesse tido o apoio indireto Ocidental, a Rússia já teria conquistado todo o seu território, o que quer dizer que mesmo que a Ucrânia se divida, o Ocidente alarga na prática as fronteiras, uns milhares de quilómetros quadrados, para lá da fronteira da Polónia.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

Tags

Acerca do autor

Nuno Pereira da Silva

Coronel de Infantaria na Reserva

Adicionar comentário

Clique para comentar