TEMOS SIDO MUITO VISITADOS…
Por gente que vem de férias e a trabalhar no estrangeiro, com muito prazer e consideração. Por partidos políticos. Por candidatos. Todos se lembram de nós. Uns para informar que fazemos falta, outros para nos sentirmos “jornaleiros” como por ofensa nos tratam em comentários, quando os assuntos não lhes agradam. Ou por “Pasquim” que até seria um elogio, senão fosse por ofensa. Ficamos gratos pelas visitas, pois é sinal que existimos, estamos vivos e para durar (?!) …isso é que já é outra questão.
Quem manda, ou quer vir a mandar, só se lembra de nós quando há eleições.
Mesmo os que já têm jornais oficiais. Porque será?
A nossa luta de muito querer fazer está a atingir uma plataforma, algo que ainda não decidimos…mas tem de ser feito. Temos na gaveta e em execução edições importantes históricas e documentais.
Ideias “aos montes” para matérias e projectos áudio visuais.
Mas precisamos sempre de dinheiro, e apesar de tudo com alguma luta, temos sempre e felizmente na realidade conseguido.
E como se sabe tudo aumenta, papel, correios, salários, e precisam de substituição – computadores, gravadores, máquinas fotográficas e de vídeo, programas, equipamento, etc. e nós mantemos os preços, e apesar de tudo- trabalhamos de graça.
Há qualquer coisa de errado. Mesmo muito errado.
E depois ainda somos ofendidos regra geral por não fazermos a vontade a todos os que pensam de maneira diferente. E convém frisar-não somos contra ninguém.
Mas na Net as pessoas pensam que estão protegidas pelo anonimato ou por um escudo invisível e “disparam ofensas” que de outro modo – pensariam primeiro antes de falar.
Na net, também e por enquanto, todos, dos muitos milhares de leitores, nada pagam. Na trabalheira de fazer um jornal aqui e em papel, distribuir, cobrar meia dúzia de cêntimos, perdem-se muitos dias, e a publicidade vem aos soluços, e mesmo assim, “graças a Deus” a nossa grande e meritória base de sustentação, além das assinaturas.
E louvamos os nossos comerciais pela paciência e perseverança no seu “métier”.
Como tem vindo a lume , agora mais do que nunca, a imprensa chamada “grande” que joga em outro campeonato, fazem paragens para pensar. As revistas de Pinto de Balsemão tendem todas a encerrar, “A VISÃO” e outros títulos, pois as despesas face às receitas não dão para o petróleo. Tem de se pensar “à americano” –
-Não dá, fecha-se!
Muitos de nós se esquecem que ainda há muita gente analfabeta. E que compram o jornal para ver as fotografias e guardam o jornal religiosamente para mais tarde recordar com alguém que lhes possa ler.
São factos daqui da nossa região que muita gente desconhece.
Por outro lado a crise e a evolução dos meios tecnológicos- telemóveis e computadores- retiram parte do interesse que há anos atrás se verificava nos jornais em papel. Embora outros aspectos preponderantes se revelem hoje como novos atractivos nas edições de jornais. Há que redescobrir a maneira de descrever. De paginar , de interagir com o leitor. O offset foi uma das transformações de impressão que deu novo alento às publicações em Portugal , nunca tendo sido descoberto a rotogravura pela nossa pequenez de tiragens. O nosso jornal foi dos primeiros a serem impressos em offset. Ainda hoje as imagens às centenas por edição lançaram um repto importante à concorrência que hoje já troca o texto longo pela imagem.
A surpresa do Bombeiros da Malveira quando viram a reportagem feita pelo nosso jornal da inauguração do quartel (hoje considerado velho), em 23 de setembro de 1971- é essa a importância da imprensa escrita- documental- e já vamos com 46 anos desde aí…é muito tempo!
Os jornais diários tendem a desaparecer já só existem cinco, com dois a fazer contas para fechar. E outros dois a estudar a união para um só titulo. Estamos numa revolução que poucos sentem, só porque andam entretidos com outras preocupações.
Pagar a hipoteca da casa, as prestações do carro, os problemas diários do futebol, comer aceleradamente já sem qualquer companhia da família, religião, telenovela e relatos da bola, e dormir à pressa para no outro dia trabalhar de novo aqueles que têm essa sorte. Já não fazendo contas para um fatinho novo e sapatos que já estão rotos…. Ainda é verão e valham-nos as alpargatas.
Haverá muito para falar sobre estas matérias.
HM
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