Geral Opinião

Será preciso formar as elites civis europeias nas áreas de segurança e defesa?

Foto: Vegard Wivestad

A maioria dos Estados-membros da UE têm uma instituição similar à do nosso Instituto de Defesa Nacional que em Portugal tem essencialmente duas valências, ser uma entidade formadora das elites civis do país, no sentido de os sensibilizar para os temas da defesa e segurança, e de ser um Instituto de Investigação especializado nos mesmos assuntos, que nesse âmbito realiza algumas investigações e estudos para apoiar a decisão dos diversos governos da nação nessas duas áreas tão importantes da nossa soberania.

Estes objetivos são também essenciais na construção de uma identidade de segurança e defesa europeias, e a União Europeia já realizou alguns cursos neste âmbito dado por módulos de duração de cerca de uma semana, algo ainda muito em fase embrionária, que urge aprofundar, integrar e centralizar numa nova organização europeia dedicada a investigar e a formar elites europeias no âmbito da Política Comum de Segurança e Defesa, potenciando e integrando algumas capacidades a nível europeu e a nível nacional já existentes, mas pouco eficientes, de que destaco as duas Universidades Europeias em Florença e Bruges, que deveriam criar cátedras específicas nesta área, o Think Tank existente em Paris, e a rede de Institutos de Defesa Nacional existentes nos Estados-membros, ou seja, é necessário pensar tudo isto de uma forma holística.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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