As duas guerras em curso, a da Ucrânia e a do Médio Oriente, podem, em minha opinião, resolver-se se Trump ganhar as eleições de novembro, pois muito provavelmente este trocará o Irão pela Ucrânia, estabelecendo um pacto verbal com Putin, o seu amigo que com ele comunga a mesma ideologia.
A invasão do sul do Líbano, que ora começou, é uma guerra assimétrica dum estado, contra um grupo de guerrilha terrorista, bem conhecido e bem estudado por Israel, desde 2006, ou seja, pelos seus Serviços de Informações, a Mossad, que usaram meios SIGINT, IMINT e HUMINT, com toupeiras introduzidas no Hezbollah, para determinar com o maior rigor possível todo o dispositivo IN, o que incluiu as localizações dos principais comandantes, dos seus órgãos de comando e controlo, dos seus sistemas de comunicações, bem como da sua logística, o que inclui armazéns, linhas de comunicação internas e externas, por forma a garantir, garantiu o até à presente data, sucesso da operação terrestre, que seguiu todos os cânones doutrinários ocidentais duma guerra híbrida efetuada em todas as dimensões, o que inclui o espaço cyber.
O auxílio inestimável da Inteligência artificial, auxiliou à partida, de uma forma inestimável, toda a análise duma forma eficiente, de toda a área de operações, ou seja, determinar com rigor todos os alvos a atingir e sua sequência, de ataque, para que o “targeting” fosse o mais eficaz possível e com o menor número de danos colaterais possível.
A análise efetuada pela inteligência artificial, ainda determinou todo o dispositivo necessário para Israel poder ganhar esta guerra, pois os dados paramétricos e os algoritmos que desenvolveu, permitiram previamente analisar e simular todas as hipóteses e todas as ações de reposta que o in pudesse efetuar, ou seja, efetuou o jogo da guerra completo, que no passado era feito manualmente, e com alguns erros, o que permitiu ao comandante tomar as decisões mais assertivas inicialmente, assim como permite ao longo da operação que se iniciou, determinar em permanência as ações posteriores, pois dá indicações precisas no decorrer da operação sobre a forma de a conduzir, com o mínimo de riscos, e com o mínimo de danos colaterais.
Israel tem o apoio incondicional do seu estado protetor, e Bibi tudo fará para escalar a guerra, e arrastar os EUA para combater diretamente o Irão, o seu grande inimigo na região, algo que acontecerá certamente se Trump ganhar, as eleições de novembro nos EUA, pois fará também tem interesse em o derrotar, trocando previamente a Ucrânia que deixará cair, pela não ingerência da Rússia na guerra contra o Irão.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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