Putin fez uma revisão profunda da História criando várias novas narrativas, que usa amiúde para justificar a sua ação política e para granjear apoios à sua política expansionista e imperial.
A sua narrativa relativamente à necessidade dos povos africanos se libertarem dos colonialismos ou neo colonialismos europeus tem unicamente como objetivos granjear o apoio do sul global à guerra da Ucrânia, e simultaneamente voltar em força a África, para se afirmarem novamente como um ator global e dela extraírem os seus recursos naturais, pois o objetivo estratégico de Putin não é ficar numa posição de subalternidade em relação à China, mas sim de com ela competir.
A Rússia como todos os países europeus, no passado e atualmente é um país colonizador, um país que se expandiu do Continente Europeu e que colonizou grande parte da Ásia, sendo inclusivamente o território da península de Vladivostok um território, que embora cedido pela China, esta ainda não teve a coragem de o pedir de volta, na sua estratégia de recuperar a sua integridade territorial, que começou por Hong Kong, Macau e a intenção de integrar Taiwan, ilha que perdeu aquando da guerra Sino-Japonesa.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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