Com a entrada da Suécia na NATO, a Cimeira da NATO está concretizada e já se pode afirmar que foi um sucesso, uma vez que todos os documentos, incluindo a ata formal final da reunião, como de costume já foram negociados, e só estão à espera de ser formalmente assinados pelos líderes de todos os estados.
A Europa do Sul conseguiu também que a NATO, venha a reforçar o flanco sul com capacidades militares e civis, pois essa área é a zona de interesse estratégico que mais importa aos países do sul que incluem Portugal, pois todo o Mediterrâneo, Magrebe e Mashriq e o Sahel são zonas de grande conflitualidade, que ameaçam a segurança europeia.
O Ártico passará também a ser maioritariamente controlado pela NATO, dado que dos oito países que integram o conselho do Ártico, sete passam a pertencer à organização, após a entrada da Suécia na organização, o que não é despiciendo dado que com o degelo a maior parte das rotas comerciais passará a ser feita por esse mar, além de que o Ártico possui grandes recursos naturais ainda inexplorados.
Em suma, fortalece-se o flanco Norte, Leste e Sul da NATO, conseguindo-se isolar mais a Rússia que em termos estratégicos tem uma grande derrota no final desta Cimeira, onde só Zelensky sai desapontado pois pede o impossível, pede a entrada na organização em tempo de guerra, embora saia com o estabelecimento do conselho NATO – Ucrânia, algo que não é despiciendo e com as promessas de apoios de mais pacotes de ajuda militar, bem como a da entrada incondicional do país no final do conflito.
Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma
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