Geral Opinião

Precisamos urgentemente que os líderes sejam racionais, sob risco de escalarmos para um conflito global

O Presidente Biden tenta, mais uma vez, travar o Primeiro-ministro de Israel e, parece que hoje, dia 9 de setembro, lhe vai falar ao telefone para tentar evitar uma escalada na guerra no Médio-Oriente e, senão conseguir evitar a resposta de Israel ao Irão, algo muito improvável, pelo menos vai tentar graduar a sua intensidade, ou seja, que esta seja executada com menos intensidade, por forma a mitigar as suas consequências em termos de resposta, ou seja, evitar que o conflito adquira uma escala global, algo muito difícil de almejar dado que Bibi não tem nem quer ter limites à sua atuação, a não ser que Biden, no limite lhe retire o apoio em termos de fornecimento de munições, e de algum apoio direto à defesa de Israel, factos também muito pouco prováveis.

O líder teocrata do Irão, o verdadeiro líder do país vai-se, entretanto, reunir no Cazaquistão com Putin, tendo em vista obter o seu apoio na luta contra o seu fidalgal inimigo Israel, nesta fase do conflito, que de indireto passou a direto.

Putin entretanto na frente ucraniana vai avançando na conquista total do Dombass, ou seja, embora lentamente e com muitas baixas,  está prestes a atingir um dos seus objetivos explícitos, já que desconhecemos os implícitos, tendo de acordo com as informações de que disponho, o seu contingente sido reforçado com unidades da Coreia do Norte, que do anterior já apoiava a guerra em termos de munições de artilharia e mísseis.

Ainda não estamos numa guerra global e generalizada, mas senão houver racionalidade, para ela caminhamos a passos largos.

Nuno Pereira da Silva
Coronel na Reforma

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